sábado, 19 de maio de 2012

Família e os jovens de hoje

Os jovens sempre foram contestadores, sempre discordaram dos erros dos adultos, sempre lutaram positivamente pelo que pensam. Hoje é raro! Muito deles amam o sistema social criado pelos adultos, sistema que os transforma em consumidores, que sufoca a sua identidade, seus projetos.
É a geração que quer tudo rápido, pronto, sem elaborar, sem batalhas para conquistar. É a geração que não sabe unir disciplina aos sonhos, que procurar usar processos mágicos para lidar com suas frustações, que tem dificuldade em pensar antes de agir…
[Cury, Augusto - Filhos Brilhantes, Alunos fascinantes, Editora Academia de Inteligência, 2006]
Por muitas vezes, em conversas, textos, palestrações, expûs que sou um partidário da “velha” educação. Isso não quer dizer que sou contra as mudanças, sou contra a forma que as coisas estão hoje. Logo, sempre fui um contestador, nunca aceitei de forma fácil quaisquer que sejam as coisa a mim passadas, isso tenho muito a agradecer meus pais. Oque vejo hoje é algo que me assusta e mostra que os adolescentes atuais já não tem este gosto, preferem “aceitar” tudo pacificamente, permitindo serem comprados por mimos, etc.
O ato de questionar é um motor do ser humano. Através do questionamento que evoluímos, aprendemos, tomamos consciência do todo que nos cerca. Ao inibir isso, estamos matando nossa essência e com isso deixando, em parte, de sermos homens para nos tornarmos algo que não sei oque é ainda. Não falo da rebeldia do simples querer, que poderíamos classificar como mimada, falo da rebeldia de idéias, do gosto de revolucionar o mundo, de “destruir” tudo e refazer ao seu jeito.
O consumismo impera e com ele vem suas doenças: stress, psiquismos, disturbios alimentares (anorexia, bulemia, obesidade), etc. E nós adultos, mergulhamos nossos jovens nessa caldeira, evenenando suas almas e apagando deles o traço mais belo que é o de não concordar. Vejo jovens que aceitam tudo, não querem transgredir, querem apenas viver tudo, sem custo, sem esforço, é a geração fast-food, não a tempo a ser perdido com estudos, concentrações, devaneios, contemplação….
É a época das facilidades, onde impera a lei do menor esforço.  O importante de hoje é o “agora”, o futuro é amanhã e não importa. O passado é algo esquecido. Não existe mais história. Tudo é instantaneo.  Não se saboreia nada, tudo deve ser digerido o quanto antes possivel.
Os responsáveis por este loucura é essa sociedade de valores torpes, cujo os meios difusores, apenas mostram consumismos, sexualidades deturpadas, apologias a banditismo, heroismos baratos, esperteza acima da gentliza, etc.  A questão é aonde vamos chegar com tudo isso.
Ouvi de um professor da faculdade que os alunos chegavam cada vez mais fracos. Não estudavam, não entendiam que antes de colher é preciso plantar. O esforço faz parte da vitória. Querer é poder, entretanto se só ficarmos no querer, no desejo, no sonho, nada acontece, é preciso trabalho, perseverança, suor. E isso a nova geração não quer mais, não acredita mais. Preferem, ser adultos rápidos.
Precisamos tomar consciencia do ponto de chegada desta estrada que trilhamos e ver se não estamos caminhando para o fim. A violência impera, jovens de classe média e alta vão para vida de bandido em busca de emoções mesmo não precisando do dinheiro e sem motivos sócio-economicos.  E tudo isso porque ? Porque, como país, somo nulos em ensinar, em passar valores como esforço, trabalho, etc. Somos péssimos exemplos, pois não respeitamos lei alguma e acreditamos que com dinheiro podemos tudo.
Mais do que nunca é preciso repensar-nos como educadores, como fomemtadores de idéias e valores, e nos colocar em “xeque”.  O estado que nos encontramos hoje, só nos indica que falhamos em nossa tarefa de construir um futuro, porém ainda existe esperança. Em cada nova vida, está uma nova oportunidade de   fazermos diferente e aí reside a pergunta : E você não vai fazer nada ?
Por fim faço um convite para ler o livro citado acima. Ele pode ser a chave que falta para abrir uma nova dimessão de compreensão e “verdades libertadores” a todos. Fiquem em paz e que haja luz sobre nós hoje.

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